Eros: a manifestação da beleza na obra Fedro
DOI:
https://doi.org/10.62876/lr.v0i29-30.3370Palabras clave:
Eros, belleza, filosofía, bien, verdadResumen
O objetivo deste artigo é discutir a perspectiva diferenciada de Platão no conceito de Eros, em sua obra Fedro. Platão assinala que o amor genuíno surge em virtude da manifestação da beleza que equivale ao bem e o bem verdadeiramente puro é o amor de Eros, o delírio inspirado pelos deuses. Portanto, o filósofo que é ancorado por esse sentimento ama e deseja alcançar a sabedoria, as essências imutáveis e se utiliza do esforço metódico para o reconhecimento da verdade.
Resumen:
El objetivo de este artículo es discutir la perspectiva diferenciada de Platón en el concepto de Eros, en su obra Fedro. Platón señala que el amor genuino surge en virtud de la manifestación de la belleza que equivale al bien y el bien verdaderamente puro es el amor de Eros, el delirio inspirado por los dioses. Por lo tanto, el filósofo que es anclado por ese sentimiento ama y desea alcanzar la sabiduría, las esencias inmutables y se utiliza del esfuerzo metódico para el reconocimiento de la verdad.
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a. Segundo uma versão da lenda, Homero ofendeu a Helena, atribuindo-lhe a culpa pela guerra de Tróia e como castigo feito à honra, ficou cego. Estesícoro também atribuiu a Helena, a guerra de Tróia e, por esse motivo, os deuses o cegaram. Mas as Musas lhe revelaram o motivo da cegueira e, então, ele escreveu sua palinódia.
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Afrodite é a deusa do amor, da beleza e da sexualidade na mitologia grega. Sua equivalente romana é a deusa Vênus. Historicamente, seu culto na Grécia Antiga foi importado, ou ao menos influenciado, pelo culto de Astarte, na Fenícia. De acordo com a Teogonia, de Hesíodo, ela nasceu quando Cronos cortou os órgãos genitais de Urano e arremessou-
os no mar; da espuma (aphros) surgida ergueu-se Afrodite.
Apolo, na mitologia grega, era o deus das artes, da música, da profecia, da verdade, da poesia, da harmonia, da perfeição e da cura.
Arëas, James, Op. Cit., p. 12.
Arëas, James, Op. Cit., p. 14.
Dionísio, o deus grego do vinho, das festas, do prazer e do delírio místico. Filho da princesa Sêmele e de Zeus, foi o único deus filho de uma mortal e, de todas as divindades, era a que mais se aproximava dos homens.
Embora, para os gregos, Eros possuísse o significado de desejo sexual, em Fedro, representa o impulso que conduz a alma em busca da satisfação que transcende a experiência sensível.
Entusiasmo deriva do grego e significa ter um deus interior ou "estar possuído por Deus". O entusiasmo pode ser descrito como um estado de excitação da alma, quando ela experimenta uma paixão excessiva e também pode ser caracterizado por uma inspiração súbita.
Estesícoro foi um famoso poeta lírico, natural de Hímera, colônia grega da Sicília.
Fedro, 231a-d
Imaculada Kangussu: Sobre Eros no Fedro, in Filosofia e Literatura,
Ricardo Timm de Souza e Rodrigo Duarte (Org.), Porto Alegre, EDIPUCRS, 2004, p. 27.
James Arêas: “O delírio dos deuses e a loucura dos filósofos”, pp. 05- 24, Comum. Revista de Filosofia, nº 11, Rio de Janeiro, julho-dezembro, 2005, p. 10.
Lísias era um mestre da retórica e notável casuístico de Atenas. Redigia razões para ambos os lados nos tribunais. Era o que então se chamava: um logógrafo.
No Banquete, Sócrates se utiliza da mitologia para explicar o amor pela
descrição de Diotima: “Primeiramente ele é sempre pobre, e longe está de serdelicado e belo, como a maioria imagina, mas é duro, seco, descalço e sem lar, sempre por terra e sem forro, deitando-se ao desabrigo, às portas e nos caminhos, porque tem a natureza da mãe, sempre convivendo com a precisão. Segundo o pai, porém, ele é insidioso com o que é belo e bom, e corajoso, decidido e enérgico, caçador terrível, sempre a tecer maquinações, ávido de sabedoria e cheio de recursos, a filosofar por toda a vida, terrível mago, feiticeiro, sofista: e nem imortal é a sua natureza nem mortal, e no mesmo dia ora ele germina e vive, quando enriquece; ora morre e de novo ressuscita, graças à natureza do pai; e o que consegue sempre lhe escapa, de modo que nem empobrece o Amor nem enriquece, assim como também está no meio da sabedoria e da ignorância.” (Banquete, p. 35.)
Na República a alma é dividida em três partes: a racional, a irascível e a irracional ou apetitiva e cada uma deve exerce a atividade que lhe é própria para assegurar que a alma seja harmônica, saudável e justa. Pois se alguma parte se desviar de sua tarefa, a alma estará em desarmonia, adoece e é injusta. Vale ressaltar que a parte racional é a superior, cabe a ela comandar, pois sua qualidade específica é a sabedoria.
O discurso de Lísias versa sobre o amor entre homens que era habitual na Grécia clássica.
Os logógrafos (logográphoi) eram redatores de peças forenses e os primeiros teóricos da advocacia. Aos poucos, passaram a ser atores fundamentais no sistema jurídico clássico, pois notaram que os julgamentos populares eram exercícios retóricos e persuasivos. Embora distantes cronologicamente, permanecemos assistindo ao poder da eloquência em nossos dias com o intuito de ludibriar nosso entendimento de mundo e nossa forma de atuação no mundo. A advertência socrática merece nosso respeito e atenção, pois como no “Canto das Sereias”, ainda hoje, presenciamos a atuação de “medíocres logógrafos” impedindo a reflexão sobre as questões econômicas, políticas, estéticas, éticas, científicas e religiosas.
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